domingo, 1 de maio de 2011

01/05/2011 - Dia do trabalhador: O que comemorar?


Hoje é comemorado o dia do trabalhador, ou do trabalho. Geralmente pautado por festas, confraternizações e por exposições sobre a luta e as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Mas, em alagoas, essa data será marcada por protestos e manifestações. A ideia de estado mínimo, contábil e sem função social, servindo apenas como um mero apêndice para agregar a interesses políticos, faz com que não se tenha nada o que se comemorar. O atual modelo de governo, é representante máximo das práticas neoliberais. O que significa dizer que a prioridade não é, e nunca será o social. A prioridade é o mercado, as estatísticas, a mera contabilidade. O que deveria ser investimento, é visto como custo, ou gastos, como é o caso dos salários. Há uma predileção para se criar secretarias cujas funções são "pra" lá de duvidosas e completamente inócuas. Os índices sociais vergonhosos não são prioridade. Educação, saúde, segurança, e emprego, são apenas extensões dos resultados da economia privada. Essa visão, tacanha, violenta e medíocre é a que dá a tônica do atual governo. O que temos para comemorar? Os primeiros lugares em violência, corrupção, homicídios de jovens, pior destino dado ao lixo, maiores índices de analfabetismo, capital mais violenta para adolescentes e pré adolescentes, pior estrutura logística de segurança pública do país? Será que são esses dados que o governo quer comemorar? O discurso é sempre o mesmo, vazio. Melhoramos muito, o estado agora caminha no rumo certo. Que rumo? quais são essas melhorias diante dessa realidade que desmente a qualquer propaganda? Há sim, e muito pelo que lutar e nada o que comemorar nos últimos anos em alagoas. Falta dinheiro para o estado, mais sobram as nomeações de comissionados. Falta estruturas em todas as repartições públicas, mais sobram secretarias cuja única função são os cabides de emprego. Comemorar o quê? A falência moral dos membros do parlamento? A total subordinação do judiciário as causas governamentais? As ameaças feitas aos servidores por pessoas que nunca deram contribuição nehuma para a construção de uma sociedade melhor? Verdadeiros parasitas de gabinetes políticos. Não é hora de comemorações, e sim, de mobilizações. O estado existe em função da sociedade, do povo, e não dos seus governantes, que insistem em privatizar o que é público, como se lhes pertencessem.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Marginalizados e marginais: Mais que uma sutil diferença.

Há mais que uma sutil diferença entre os que estão a margem da sociedade e aqueles que estão a marginalizar-se. No primeiro caso, não há a opção de escolha, e sim, a falta da mesma. São pessoas que por conta de uma total ausência de políticas educacionais, sociais, e de desenvolvimento, estão fora do sistema capitalista. Jogados a própria sorte em grotas, morros, e em áreas de risco iminente de desabamentos. Vivem a mercê dos "favores" políticos, e do risco frequente da exposição a violência já que estão em uma condição de total vulnerabilidade social. Os marginais, ao contrário, usam, e não em casos isolados, o poder do nome, do "status", do capital, para usurpar a sociedade de todas as formas possíveis. Ora, acobertados por mandatos eleitorais que são armaduras quase que intransponíveis para a justiça, ora pelo poder econômico que os matem fora do alcance da lei e dos órgãos de segurança, também marcados secularmente por estarem a serviço das elites e não das minorias, ou melhor, da maioria dos marginalizados. Há uma total inversão de valores e uma incapacidade de separar o jóio do trigo. O Estado brasileiro, coloca marginalizados e marginais em um mesmo patamar e em uma mesma realidade. As diferenças são gritantes e nada sutis, porém, interessa, mais para os marginais que para os marginalizados que essas diferenças não sejam notadas, ou que permaneçam camufladas, confusas e em escalas idênticas. Afinal, desviar recursos públicos, merenda escolar, sangue, donativos para desabrigados, são práticas impossíveis de serem feitas pelos marginalizados. Mas, são amplamente comuns entre os marginais. Que fora do alcance da lei, debocham dos marginalizados, pois estes são os que lhe dão as possibilidades para o enriquecimento ilícito e a apropriação indébita dos recursos que seriam destinados a minimizar o seu sofrimento. Colocar marginalizados e marginais em um mesmo "saco" é incoerência, preconceito, e uma tentativa de tornar iguais os que são completamente desiguais. Os marginais, ostentam e estampam sorrisos e luxo, os marginalizados, apenas a dor e a esperança de dias melhores que, quiça, virão.

domingo, 24 de abril de 2011

A campanha do desarmamento em alagoas.



O governo anuncia mais uma vez uma campanha antiga como sendo a solução para a violência em alagoas. A campanha do desarmamento. Quem entrega suas armas ao estado? Qual é o perfil dos que "doam" suas armas para a polícia? São as pessoas de bem, os cidadãos pacifistas. Os bandidos jamais farão tal "doação." Pelo contrário, quanto maior o número de armas entregues pela população, mais seguros eles se sentirão, pois isso significa menos riscos a "profissão". A primeira campanha teve uma relativa aceitação, é verdade, porém, a situação atual é outra, o cenário da violência modificou-se  se o governo ainda não percebeu, já está na hora de acordar para esta nova realidade. Não há mais confiança nos órgãos de segurança pública, não há mais confiança no poder judiciário, e isso é bem fácil de se constatar, qualquer pesquisa pode confirmar estes dados. Há uma sensação total de abandono, de insegurança, da ausência do estado em todos os setores, e na área de segurança parece ser ainda maior. O governo gerencia um estado meramente contábil, é um estado virtual, estatístico, empresarial. Como todos os governos neoliberais o fazem. O estado perdeu a muito tempo, sua capacidade de atuação social. Vê-se sua função como uma atividade comercial, onde os custos e os investimentos são condicionados as planilhas contábeis. O equilíbrio das contas é importante, é bem verdade, mais a função social, que é para isso que o estado existe em sua gênese, jamais pode ser esquecida ou substituída por artifícios escusos a bem de determinados grupos, ou classes sociais. Para combater a onda de violência crescente, é preciso, projetos sérios, que levem em consideração seu fim, o de frear o avanço das drogas e dos homicídios. Mais para isso, é necessário comprometimento, competência e vontade política, e todos estes itens, ao meu ver, estão mais que em falta no atual governo. Nomeações com critérios políticos, insistência em uma equipe que não deu resultados, haja vista os números da violência no estado, insensibilidade social, desmotivação total dos agentes públicos de segurança, policiais,          agentes penitenciários, peritos, e do funcionalismo público. Falta de visão social no tocante a elaboração de um projeto que seja global, saúde, educação, assistência social, geração de emprego e renda e repressão ao narcotráfico. Sobram, discursos, "balelas", e propagandas, muitas propagandas. Qualquer governante sério, se sentiria envergonhado e constrangido diante de tais números vexatórios como são os índices sociais em alagoas. Mais é justamente essa situação de miserabilidade, que garante a eleição, e a reeleição dos que aí estão.

domingo, 17 de abril de 2011

O combate a criminalidade em alagoas. Após o fracasso. A volta do mesmo modelo falido.

   O governo anunciou esta semana as "novas" propostas para o combate a criminalidade em alagoas. O que mais chama a atenção é que o modelo proposto, de novo não tem nada. O retorno das delegacias especializadas, a expansão da central de polícia, que já nasceu condenando aos habitantes das periferias, já que todas as ocorrências da chamada grande maceió só são feitas na orla da praia da avenida. A criação de uma série de novas delegacias, no sertão, na zona da mata e no agreste. Pois bem, não haverá concurso público para a área de segurança. Se no atual modelo organizacional faltam policiais suficientes, imginem um incremento dessa ordem com o mesmo efetivo. Sim, o mesmo efetivo, o efetivo que o vice governador afirmou ser velho, despreparado, obeso e doente. É aguardar para ver a mágica a ser feita. Sem efetivo, sem recursos, sem concurso, e com os agentes públicos de segurança totalmente desmotivados e insatisfeitos. Vamos observar com bastante cautela essa "nova" modalidade de combate ao crime. Acho que deveria se chamar: PROJETO UTOPIA. E gostaria de sugerir humildemente também a criação da delegacia dos sonhos e do estado da mídia. Essas sim, funcionariam bem melhor.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O conhecimento parece progredir inversamente proporcional a realidade social.


"A ficção cada vez mais se aproxima da realidade. A mais nova prova disso é que cientistas da Universidade de Washington, nos EUA, conseguiram fazer com que alguns pacientes que sofrem de epilepsia movessem um cursor de computador apenas com a força do pensamento.
Esse recurso foi atingido por um grupo de cientistas liderado pelo Dr. Eric Leuthardt, com o uso de uma técnica chamada eletrocorticografia (ECoG). Para você ter uma ideia, ela consiste em inserir eletrodos implantados diretamente no cérebro, que registram e transferem os impulsos diretamente para o computador.
Funciona mais ou menos assim: os cientistas estipulam uma palavra, por exemplo, “oi”, para fazer com que o cursor do computador se mova para a esquerda quando os pacientes pensarem nela. E outra palavra como “tchau”, para levar o cursor para a direita, e outras para cima e para baixo.
O teste foi realizado com pacientes de 36 a 48 anos, e ofereceu um resultado extremamente positivo, já que atingiu 90% de precisão com a movimentação do cursor.
Com certeza esse tipo de tecnologia dá medo em muita gente. Afinal, será que estamos próximos de ler a mente das pessoas? De qualquer forma, trata-se de um grande avanço para aqueles que não conseguem se comunicar, como pessoas que perderam a mobilidade ou voz em acidentes e doenças neurológicas."  Fonte: MSN Brasil.
E a ficção parece está a cada dia mais longe do fictício e bem mais próximo do real. Experiências como estas nos deixam com uma clara impressão do mundo surpreendente  que esperam por nosso filhos e netos. Sabe-se lá onde chega os limites do conhecimento humano, mais uma coisa é certa: estamos apenas engatinhando rumo a totalidade de nossas potencialidades. Afinal, somos a maior criação ou criatura sobre a face da terra, e isso independe dos nossos valores religiosos ou céticos. Estamos adentrando na era da nanotecnologia, da física quântica e sua teoria das cordas, das células tronco, dos avanços genéticos na produção dos alimentos, da clonagem, dos transplantes de quase todos os órgão humanos, enfim, estamos na era do conhecimento. Este cenário não combina com a realidade mundial:

Prevê-se que uma massa de 1 bilhão e 300 milhões ainda passará fome naquele ano, sendo que as crianças subnutridas somarão 132 milhões. Um pouco abaixo dos 166 milhões de 1997, mas ainda muitas: uma a cada quatro crianças passará fome.
Os números nada animadores estão no relatório “Previsões para o ano 2020 sobre a alimentação mundial: tendência alternativas e escolhas” apresentado em Bohn, Alemanha, no mês de Setembro.
A cada dia no mundo morrem 24 mil pessoas vítimas da fome. 10% das crianças que vivem nos países chamados em desenvolvimento, morrerão antes de completar 5 anos de vida. Pensamos muito, criamos muito, filosofamos muito. Agimos pouco. O homem chega ao mesmo tempo ao ápice da tecnologia e a degradação. Estamos cada vez mais buscando o TER e esquecendo o SER, o humano.





domingo, 10 de abril de 2011

O verdadeiro TÉOrema da política salarial em alagoas.


O governo do estado publicou na edição de domingo 10/04/2011, com data retroativa a sábado, a lei delegada que cria as novas secretarias e define o novo organograma dos órgãos do estado. A novidade ficou por conta do aumento dado aos secretários e diretores adjuntos das pastas, que corresponde a 35%. Repassados de forma direta e sem divisões em parcelas. Assim, o salário de um secretário adjunto que antes era da ordem de R$ 5.600,00 passa automaticamente para R$ 7.600,00 Enquanto o resto do funcionalismo público receberá 5, 91% dividido em duas parcelas de 2,955%. Chega a ser um "deboche" tamanha desproporção. E a julgar pelas medidas tomadas pelo governador, parece ser clara sua intenção em encerrar sua carreira política de forma melancólica e caótica, caso consiga concluir o mandato. É esperar para ver a reação dos servidores e das associações militares e civis. Ao que parece, a lei de responsabilidade fiscal em alagoas, tem uma conotação meio que 'Ariana" pois seus efeitos só tem validade para as classes menos privilegiadas do estado. Faz lembrar, ainda que guardadas as devidas proporções, práticas de natureza nazi-facistas, onde o estado elege determinadas classes a as privilegiam em nome da ordem social. E, em nome desta mesma ordem, sacrifica ao máximo os menos favorecidos. Em um estado com índices sociais de envergonhar a qualquer ser humano, parece não ser problema para o governo conviver com a realidade de ser o pior entre todos os estados do Brasil. É uma administração amadora, perigosa e irresponsável. Em um estado com altos índices de corrupção, violência, drogas, analfabetismo, mortalidade infantil, desemprego e toda a sorte de mazelas, o governo quebra o elo com aqueles que estão, de fato, em condições reais e modificar tais números vexatórios. São os médicos, enfermeiros, policiais, agentes de saúde, agentes penitenciários, psicólogos, professores e todos que, de uma forma direta, ou indireta estão envolvidos na tentativa de recuperar as pessoas e consequentemente o estado. Agindo assim, o governo começa a esculpir o seu epitáfio, e não a sua biografia.

As chuvas em Alagoas: Tragédias anunciadas.




As chuvas que recaem sobre a cidade de Maceió, já nos dão uma ideia dos estragos que virão. Ainda abalados pelas lembranças, ou melhor, pelas circunstâncias que se encontram centenas de desabrigados do último inverno em Alagoas, pessoas desasistidas e jogadas a própria sorte, servindo como moeda de troca de recursos frente ao governo federal. Os recursos destinados a estas pessoas, se é que existem, parecem também terem sido tragados pelas águas das chuvas. Os donativos destinados a minimizar um pouco do sofrimento dos que perderam literalmente tudo, não comovem a classe política do nosso estado. São várias as denuncias de desvios e malversação na distribuição das doações. Na capital, os constantes alagamentos e as frequentes quedas de energia elétrica, dão a dimensão exata de que as propagandas não modificam a realidade. São sinais, infelizmente, de mais uma tragédia anunciada. A cada inverno, e a cada governo. É esperar que o apetite voraz dos que saqueiam aos desassistidos, tenha sido, ao menos, diminuído nos últimos meses. E que as chuvas deem uma trégua aqueles que, sem ter nada mais o que perder, conservam apenas a esperança de sobreviver. O que já é muito em alagoas.

sábado, 9 de abril de 2011

Os desafios da política educacional no Brasil e o Enem.




















Os estudantes brasileiros convivem com uma nova forma de ingresso e avaliação para a  realização do sonho de cursar uma faculdade. Sobre tudo, uma faculdade  federal. Em alagoas, a expectativa é ainda maior. Anunciada a adesão ao Enem por parte da UfaL há dois anos, esse processo se mostra em alagoas completamente aterrorizante, tanto para os estudantes, quanto para os professores. Não foi por falta de aviso ou desconhecimento do processo. O governo federal, tenta verticalizar os conteúdos de ensino de forma a promover uma política nacional de currículos escolares, o que em tese, seria o correto, desde que respeitasse as profundas diferenças regionais existentes em nosso país. Não são os nossos alunos (Alagoanos) que são "ruins" e sim, foram mal preparados. É o sistema que lhes impõe limitações de modo a não poderem demonstrar suas potencialidades. As decisões sobre a política educacional, são tomadas nos grandes centros, em salas fechadas e por tecnocratas bem distantes da realidade de cada recanto do Brasil. Se por um a lado o Enem oportuniza a possibilidade de ingresso em várias faculdades espalhadas pelo do país afora, por outro, deixa aqueles alunos que, por conta da realidade social dos seus estados e de anos a fio de um ensino deficitário, com uma enorme apreensão diante do pleito. É aguardar e ter a esperança de que, os alunos "bons" não se interessarão pelos cursos oferecidos em um estado com os piores indíces sociais do país.

Talento não tem idade. Veja e se encante.


Para relaxar, curtir e se encantar. Talento a 4 mãos


Você sabe quanto custa seu bem estar? Custa a miséria de milhões.


O governo Téo e o "TÉOrema" da política salarial para os servidores públicos de alagoas.


Definitivamente o estado, ou melhor: O Feudo chamado Alagoas é atípico. Após meses de espera e uma atmosfera de expectativa criada pelo governo, vem a grande revelação: 5% de aumento divido em duas parcelas e o anuncio com pompa de projeto revolucionário, de que isto faz parte de uma política salarial histórica em Alagoas. O tal "TÉOrema", ao que parece, suou mais como uma ofensa do que como um anúncio. A inabilidade política deste governo em conduzir as questões mais sensíveis, beira ao amadorismo. Há uma explosão de violência no estado, há o risco de um pedido de demissão em massa dos médicos, há uma insatisfação generalizada por parte dos servidores e, diante de um "aumento tão significativo" como o anunciado, o governo ainda cria novas secretárias. Comparados os reajustes dos deputados, secretários de estado e dos cargos comissionados do primeiro escalão que foram da ordem dos 130%, fica a nítida sensação para o servidor público concursado, de que ele definitivamente está no lugar errado. Seu lugar correto seria um circo. Pelo menos na visão do atual governo. Alguns entram para a história por seu caráter, seu compromisso e  sua competência, outros, entrarão justamente pela falta destas.

E o Brasil foi surpreendido com o imponderável.


Uma escola pública da periferia do Rio de Janeiro, foi o palco da maior tragédia antes jamais imaginada. De um lado, um jovem atirador. Do outro, crianças inocentes e indefesas e uma nação inteira perplexa, e impotente, diante de um ato de tamanha crueldade e desequilíbrio. Por mais que busquemos as respostas elas serão apenas meras conjecturas. Não há respostas e sim perguntas. O que fazer? tal tragédia poderia ter sido evitada? O que está acontecendo com os jovens brasileiros? De quem é a culpa em tal evento? Como vemos, são mais perguntas que respostas. O imponderável aconteceu. E a dor da  família de cada vítima, é no fundo, a dor de todas as famílias brasileiras, que se sentem  impotentes e incapazes de encontrar explicação para um ato tão bárbaro e sem sentido.