domingo, 24 de abril de 2011

A campanha do desarmamento em alagoas.



O governo anuncia mais uma vez uma campanha antiga como sendo a solução para a violência em alagoas. A campanha do desarmamento. Quem entrega suas armas ao estado? Qual é o perfil dos que "doam" suas armas para a polícia? São as pessoas de bem, os cidadãos pacifistas. Os bandidos jamais farão tal "doação." Pelo contrário, quanto maior o número de armas entregues pela população, mais seguros eles se sentirão, pois isso significa menos riscos a "profissão". A primeira campanha teve uma relativa aceitação, é verdade, porém, a situação atual é outra, o cenário da violência modificou-se  se o governo ainda não percebeu, já está na hora de acordar para esta nova realidade. Não há mais confiança nos órgãos de segurança pública, não há mais confiança no poder judiciário, e isso é bem fácil de se constatar, qualquer pesquisa pode confirmar estes dados. Há uma sensação total de abandono, de insegurança, da ausência do estado em todos os setores, e na área de segurança parece ser ainda maior. O governo gerencia um estado meramente contábil, é um estado virtual, estatístico, empresarial. Como todos os governos neoliberais o fazem. O estado perdeu a muito tempo, sua capacidade de atuação social. Vê-se sua função como uma atividade comercial, onde os custos e os investimentos são condicionados as planilhas contábeis. O equilíbrio das contas é importante, é bem verdade, mais a função social, que é para isso que o estado existe em sua gênese, jamais pode ser esquecida ou substituída por artifícios escusos a bem de determinados grupos, ou classes sociais. Para combater a onda de violência crescente, é preciso, projetos sérios, que levem em consideração seu fim, o de frear o avanço das drogas e dos homicídios. Mais para isso, é necessário comprometimento, competência e vontade política, e todos estes itens, ao meu ver, estão mais que em falta no atual governo. Nomeações com critérios políticos, insistência em uma equipe que não deu resultados, haja vista os números da violência no estado, insensibilidade social, desmotivação total dos agentes públicos de segurança, policiais,          agentes penitenciários, peritos, e do funcionalismo público. Falta de visão social no tocante a elaboração de um projeto que seja global, saúde, educação, assistência social, geração de emprego e renda e repressão ao narcotráfico. Sobram, discursos, "balelas", e propagandas, muitas propagandas. Qualquer governante sério, se sentiria envergonhado e constrangido diante de tais números vexatórios como são os índices sociais em alagoas. Mais é justamente essa situação de miserabilidade, que garante a eleição, e a reeleição dos que aí estão.

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